"Não concordamos com aqueles que qualificam o que está a acontecer como uma “crise política”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, reagindo pela primeira vez a estas manifestações, um movimento com amplitude sem precedentes desde o retorno de Vladimir Putin à Presidência em 2012.

"Consideramos perfeitamente justificada a firmeza da polícia para acabar com os distúrbios públicos", disse Peskov.

Desde meados de julho, milhares de pessoas estão a reunir-se todos os fins de semana no centro de Moscovo para protestar contra a rejeição das candidaturas de membros da oposição para as eleições locais de setembro.

Centenas de manifestantes, incluindo o opositor número um do Kremlin, Alexei Navalny, foram presos – muitas vezes com uma intervenção policial musculada - durante os protestos, sendo que a maioria destas manifestações não foram permitidas pelas autoridades russas.

O último e mais importante encontro organizado para exigir eleições livres reuniu no domingo, em Moscovo, cerca de 60.000 pessoas.