“Uma onda de violência provocada pela oposição impediu Morales de concluir seu mandato presidencial”, sustentou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, referindo que o governo boliviano “queria uma solução baseada no diálogo político, mas em vez disso, os eventos lembraram o cenário de um golpe “.

No domingo, horas depois de ter convocado novas eleições, Morales anunciou sua renúncia, após quase 14 anos no poder, no seguimento de demissões de ministros, parlamentares e governadores.

A convocação de novas eleições tinha sido proposta pela Organização dos Estados Americanos (OEA), que elaborou um relatório no qual foram detetadas sérias irregularidades nas eleições de 20 de outubro, nas quais Morales foi proclamado vencedor para o quarto mandato consecutivo.

Oposição e líderes cívicos, a polícia e os comandantes militares pediram que se demitisse enquanto crescia a tensão no país, com o registo de três mortos e mais de 400 feridos em confrontos.

Líderes da esquerda latino-americana reunidos na Argentina denunciaram o que apelidam ser um golpe de Estado na Bolívia, enquanto governos de direita preferem remeter-se ao silêncio ou recorrer à tese da fraude eleitoral.

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