Al Bashir defendeu a retirada das tropas internacionais durante uma reunião com uma delegação de lordes britânicos que visitou na terça-feira o Darfur, no oeste do Sudão, a quem transmitiu que a segurança na região é semelhante à de outros países em situação pós-conflito.

“O problema do Darfur agora não é de segurança, mas a reabilitação dos deslocados e refugiados e proporcionar-lhes serviços, o desmantelamento de campos de deslocados e o regresso dos habitantes às suas povoações e reabilitar as cidades onde viviam”, disse al Bashir num discurso.

Os lordes, que visitaram o campo de deslocados de Abu Shuk, desaconselharam, em comunicado, o desmantelamento rápido da UNAMID para “não colocar em risco os progressos realizados”.

A missão, iniciada em 31 de dezembro de 2007, é uma das maiores implantadas pelas Nações Unidas em todo o mundo.

Atendendo à melhoria do estado de segurança no Darfur, em 2017 começou um plano de redução de tropas, com fim previsto para 2020.

Em 2007, a UNAMID contava com 15.845 militares e 3.403 polícias, sendo que atualmente tem 11.395 militares e 2.888 polícias.

O Conselho de Segurança da ONU prevê que em 2019 estejam apenas 4.050 ‘capacetes azuis’ na região.

Apesar da melhoria ao nível de segurança, a ONU registou confrontos na zona do monte Marra, no Darfur Central, em junho.

Darfur é cenário de um conflito entre movimentos rebeldes e o exército sudanês desde 2003, que já causou mais de 300.000 mortos.

Atualmente, cerca de dois milhões de pessoas continuam deslocadas devido ao conflito, com 1,6 milhões destas a viver em 60 acampamentos, segundo dados da ONU.

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