O texto, redigido pelo Reino Unido, solicita ao secretário-geral da ONU, António Guterres, a apresentação das opções ao Conselho de Segurança “para alcançar um cessar-fogo duradouro” na Líbia.

Neste âmbito, deverá ser precisado “o papel eventual” que a Missão de apoio das Nações Unidas na Líbia (Manul) possa desempenhar “para apoiar” um cessar-fogo, precisa a resolução.

Esta adenda foi solicitada pelo emissário da ONU na Líbia, Ghassan Salame, que pretende garantir o fim dos combates e relançar um processo político que está comprometido desde o início, em abril, de uma ofensiva das tropas do marechal Khalifa Haftar em direção a Tripoli, onde permanece o Governo de Acordo Nacional (GNA) reconhecido pela ONU.

Segundo os diplomatas, e caso seja estabelecido um cessar-fogo, poderá ser aprovada de imediato uma segunda resolução para a criação de uma missão de verificação da sua aplicação, à semelhança do que existe para Hodeida, no Iémen, desde o início de 2019.

No sábado, o porta-voz das forças leais a Haftar considerou no entanto que será a solução militar que vai resolver o conflito. “A batalha está na fase final”, assegurou o genral Ahmed al-Mesmari durante uma conferência de imprensa nos Emirados Árabes Unidos.

Na sua última intervenção no Conselho de Segurança, em 04 de setembro, Ghassan Salame solicitou aos países que estão envolvidos, de forma mais ou menos empenhada, no conflito na Líbia para se entenderem e permitirem um eventual acordo.

Diversas potências são acusadas de promover uma guerra por procuração na Líbia, onde se instalou o caos desde a queda em 2011 do regime do Muammar Kadhafi após uma revolta.

Os Emirados, o Egito e a Arábia Saudita são apontados como apoios decisivos do marechal Haftar, enquanto o Qatar e a Turquia estão solidários com o GNA de Fayez al-Sarraj.

Segundo a ONU, e desde abril, os combates provocaram 1.093 mortos e 5.752 feridos, e ainda 120.000 civis deslocados.

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