A organização não-governamental (ONG) lamentou esta situação nas suas redes sociais e disse que “cada dia que passa é mais difícil”.

“É o infame silêncio da Europa. A falta de humanidade e empatia torna-os mais culpados”, censurou a organização, visando os países da Europa por não permitirem o desembarque desses migrantes salvos no Mediterrâneo, uma das rotas de migração mais perigosas do mundo.

O navio humanitário está localizado a 29 milhas da costa da ilha italiana de Lampedusa, mas não pode entrar no seu porto devido à proibição do ministro do Interior do país, Matteo Salvini, que ameaça multas e apreensão do barco.

A bordo estão, sobrelotados no convés, 151 imigrantes resgatados em três operações diferentes nos últimos dias, todos salvos do mar depois de partirem da violenta e convulsiva Líbia.

Na segunda-feira, duas mulheres doentes foram levadas para Malta com os seus familiares, um total de oito pessoas, e um dia antes um homem teve de ser transferido para um hospital em Lampedusa.

A tripulação do navio espera um agravamento das condições do mar nas próximas horas.

Da Itália, o ministro do Interior Salvini afirmou que, como o navio é espanhol, os migrantes são de responsabilidade de Madrid.

A ONG solicitou asilo à embaixada espanhola em Malta para 31 menores que estão a bordo do seu navio (que tem o mesmo nome da organização).

No entanto, o ministro do Fomento espanhol, José Luis Ábalos, disse hoje que o capitão do navio humanitário “não tem capacidade legal” para pedir asilo para os resgatados.

A Comissão Europeia declarou que está em contacto com os Estados-Membros da União para explorar soluções para os migrantes a bordo do Open Arms.

Por outro lado, outros 356 migrantes aguardam a bordo do navio Ocean Viking, fretado pelas ONG Médicos Sem Fronteiras e pela SOS Mediterranée, após mais 105 terem sido salvos na segunda-feira.

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