O grupo, rapazes e raparigas, foi entregue a funcionários das Nações Unidas (ONU) em Maiduguri, capital do Estado de Borno.

No momento da transferência, o tenente-general Nicholas Rogers afirmou-se esperançado de que as crianças recebam “cuidados médicos adequados e apoio”.

Em comunicado, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) afirmou que “a libertação chega depois de as crianças, entre sete e 18 anos”, terem sido afastadas dos elementos dos Boko Haram.

“Estas oito meninas e 175 meninos, em primeiro lugar são vítimas do atual conflito e a sua libertação é um passo importante no longo caminho para a recuperação”, assinalou o representante da UNICEF na Nigéria, Mohamed Fall.

E acrescentou: “Trabalharemos com o Ministério dos Assuntos da Mulher e Desenvolvimento Social, assim como com os nossos parceiros, para proporcionar às crianças toda a ajuda que necessitem”.

Depois de permanecerem em custódia administrativa “as crianças receberão cuidados médicos e apoio psicossocial, antes de começarem o processo de reunificação com as suas famílias e reinserção na sociedade”, precisa-se no comunicado.

O grupo Boko Haram, que na língua local significa “a educação não islâmica é pecado”, luta para impor um estado islâmico na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristão no sul.

Desde que a polícia matou em 2009 o então líder do Boko Haram, Mohamed Yusuf, os radicais mantêm uma campanha sangrenta na Nigéria, durante a qual já assassinaram mais de 20.000 pessoas e causaram cerca de dois milhões de deslocados.