De acordo com o porta-voz da Frota do Pacífico dos EUA, durante uma operação da marinha, no arquipélago Spratly (arquipélago desabitado no Mar do Sul da China, com mais de 750 recifes, ilhéus, atóis e ilhas) um navio chinês "aproximou-se a 45 jardas (41 metros)" do contratorpedeiro e convidou-o "a deixar a área".

Uma manobra "agressiva (...) perigosa e pouco profissional”, disse o porta-voz, acrescentando que o navio norte-americano foi forçado a "manobrar para evitar uma colisão".

Pequim reivindica quase todo o Mar do Sul da China, apesar das reivindicações dos países vizinhos. Nos últimos anos, construiu sete recifes em ilhas artificiais, capazes de receber instalações militares em recifes disputados pelos países vizinhos. As novas ilhas ficam próximas de ilhas ocupadas pelo Vietname, Filipinas e Taiwan.

Malásia e o Brunei são outros dos países que disputam a jurisdição sobre ilhas e recifes, ricos em pesca e potenciais depósitos de combustíveis fósseis.

A China acusa os EUA, que regularmente patrulham as águas com meios aéreos, porta-aviões e outros navios de guerra, de se intrometerem numa disputa que é puramente asiática.

Este mar estratégico, por onde passam anualmente cerca de cinco biliões de dólares (4,2 biliões de euros) em mercadorias, terá vastas reservas de gás e petróleo.

Em agosto, a cadeia de televisão norte-americana CNN informou que as forças armadas chinesas repetidamente advertiram um avião da Marinha dos EUA que voava perto de algumas destas novas ilhas para "sair imediatamente e manter-se afastado para evitar qualquer mal-entendido".