O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou hoje que o governo ucraniano está a tentar provocar maiores tensões no conflito entre a Rússia e a Ucrânia, após o apresamento de três navios de guerra ucranianos pela guarda costeira russa, no domingo.

Peskov referia-se às declarações de hoje do Presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, que pediu uma maior intervenção de forças militares da Nato, em particular da Alemanha, no Mar de Azov.

Numa entrevista ao jornal alemão Bild, divulgada hoje, o presidente Petro Poroshenko manifestou esperança de que a Nato “realocasse navios para o Mar de Azov a fim de ajudar a Ucrânia e garantir segurança” contra as ambições expansionistas do presidente russo Vladimir Putin.

O porta-voz do Kremlin disse que o apelo de Poroshenko à Nato é ditado pelos seus interesses “pré-eleitorais e políticos”, com vista a ganhar popularidade para as eleições presidenciais na Ucrânia, em março do próximo ano.

A porta-voz da Nato, Oana Lungescu, já hoje tinha também reagido a esse pedido do Presidente ucraniano, explicando que a organização já tem uma “forte presença” na região do Mar Negro, fazendo notar que os navios da Nato passaram este ano 120 dias nessa região, comparando com os 80 dias de permanência, em 2017.

Por seu lado, a chanceler alemã, Angela Merkel, pediu hoje contenção a Kiev, após o apelo do presidente ucraniano para a Nato enviar navios para o Mar de Azov para enfrentar a Rússia no conflito ao largo da costa da Crimeia.

“Também instamos o lado ucraniano a manter-se informado, porque só poderemos resolver as coisas permanecendo razoáveis, discutindo uns com os outros. Não pode haver uma solução militar para estes confrontos”, disse Merkel em Berlim, num fórum económico germano-ucraniano.

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