O acordo nuclear entre o Irão e o grupo 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança — Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido — e a Alemanha), concluído em 2015, foi abandonado em maio por Washington, que já restabeleceu sanções a Teerão.

Em troca do compromisso de Teerão de que o seu programa nuclear é apenas civil, o acordo tinha permitido o levantamento de parte das sanções internacionais.

Falando na 62.ª conferência da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) – que fiscaliza a aplicação do acordo -, Salehi disse que as propostas europeias para manter o acordo após a saída norte-americana são “encorajadoras”, mas “devem ser complementadas por medidas mais sólidas e concretas”.

“Chegou o momento de a União Europeia cumprir as suas obrigações”, disse o também vice-presidente iraniano, após acusar os Estados Unidos de “porem em perigo a paz e segurança internacional e regional com a sua política”.

Para o secretário da Energia norte-americano, Rick Perry, o acordo de 2015 é “defeituoso” desde o início.

“Estamos a restabelecer as principais sanções e procuramos um acordo focado no programa nuclear (do Irão), nas suas atividades de proliferação (atómica) e nas suas atividades desestabilizadoras”, assinalou Perry na conferência da AIEA.

O governante defendeu que a agência da ONU “tem de insistir para que o Irão coopere”.

“Temos de evitar que as armas nucleares cheguem a atores não estatais, como terroristas”, disse ainda.