“Recomendo à população de Madrid que reduza o mais possível os seus movimentos, que respeite escrupulosamente as medidas tomadas pelas autoridades sanitárias da região e que reduza ao máximo os seus movimentos àquilo que é essencial, assim como os contactos às pessoas mais próximas”, disse Salvador Illa à rádio Cadena Ser, sublinhando que “a situação mais preocupante é em Madrid”.

O presidente da câmara municipal de Madrid, José Luis Martínez-Almeida, também recomendou hoje que a população de Madrid “saia o menos possível”, tendo em conta a situação “preocupante” que a cidade está a viver devido à pandemia e instou os cidadãos a seguir as instruções das autoridades sanitárias.

Estas declarações foram feitas numa altura em que quase um milhão de pessoas na capital espanhola e arredores estão sujeitas a restrições rigorosas dos seus movimentos durante duas semanas desde a manhã de segunda-feira.

As mais de 850.000 pessoas atingidas (de um total de 6,6 milhões de habitantes na região) estão proibidas de sair da sua zona de residência, exceto por razões muito específicas: para ir trabalhar ou estudar, para visitar um médico, para responder a convocação jurídica ou para cuidar de pessoas dependentes.

No entanto, essas pessoas estão autorizadas a deslocar-se dentro do seu bairro e não são obrigadas a ficar em casa.

O Governo da comunidade autónoma de Madrid, que é competente em assuntos sanitários, também decidiu reduzir de 10 para seis o número de pessoas que se podem reunir em público ou privado em toda a região.

A área metropolitana de Madrid é desde o início do corrente mês, assim como foi na primavera, o epicentro da pandemia em Espanha, um dos países europeus mais duramente atingidos pelo Covid-19.

As zonas afetadas pelas restrições registaram mais de 1.000 novos casos de covid-19 por 100.000 habitantes nas últimas duas semanas, uma incidência cinco vezes superior à de Espanha no seu conjunto, que já é a mais elevada da UE.

Salvador Illa considerou também que as medidas tomadas em Madrid podem assegurar o controlo da epidemia e que não há necessidade de declarar o estado de emergência na região, um regime excecional que poderia permitir que a população ficasse confinada em casa como aconteceu na primavera em todo o país.

A Espanha registou até agora um total de mais de 670.000 casos de coronavírus, dos quais mais de 30.600 foram mortais.

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