“Nunca procurámos a guerra com a Coreia do Norte e hoje continuamos a não procurar. Se a guerra viver, será por causa de atos de agressão como aqueles que testemunhámos”, disse Nikki Haley, acrescentando aos seus pares: “se a guerra vier, não se enganem, o regime Norte Coreano será completamente destruído”.

A embaixadora denunciou que “Pyongyang continua a obter produtos petrolíferos através de transferências entre navios no mar”.

Nikki Haley referiu que “caso a guerra surja” como consequência dos novos “atos de agressão”, como o último lançamento, “o regime norte-coreano será completamente destruído”.

Durante o dia, o Presidente dos EUA, Donald Trump, falou com o seu homólogo chinês, Xi Jinping. A China é o maior aliado da Coreia do Norte, com quem partilha uma grande fronteira e relações comerciais.

A Coreia do Norte lançou na quarta-feira (ainda terça-feira em Portugal) um míssil balístico capaz de transportar uma grande ogiva nuclear e chegar a todo o território dos Estados Unidos.

A televisão estatal da Coreia do Norte anunciou o lançamento “bem sucedido” – o primeiro em Pyongyang após dois meses e meio sem realizar testes balísticos -, que foi autorizado e testemunhado pessoalmente pelo líder norte-coreano, Kim Jong-un.

O míssil registou o maior alcance alguma vez conseguido por um projétil norte-coreano, o que representa um avanço perigoso no programa de armamento deste país.

Alguns especialistas acreditam que o míssil teria capacidade para ter viajado num voo normal com mais de 13.000 quilómetros, o suficiente para chegar a Washington ou a qualquer parte continental dos Estados Unidos.

A porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Heather Nauert, anunciou que o seu governo defende novas sanções contra a Coreia do Norte, a quem pediu para abandonar os ensaios e respeitar a legalidade.

Além disso, Nauert leu uma declaração da secretária de Estado, Rex Tillerson, na qual anunciou que irá propor, juntamente com o Canadá, avançar na próxima reunião do Comando das Nações Unidas (UNC) com o contingente que controla a Zona Conjunta de Segurança (JSA) que separa as duas Coreias.

Além de Washington, Tóquio, Seul, Moscovo e Paris foram algumas das primeiras vozes internacionais a condenarem o novo teste balístico norte-coreano.

A última resolução de sanções da ONU, em setembro, impôs uma restrição no fornecimento de petróleo à Coreia do Norte.

Este novo teste balístico norte-coreano foi o primeiro dos últimos dois meses e meio e foi autorizado e testemunhado pessoalmente pelo líder norte-coreano, Kim Jong-un.