*Com Lusa
Três minutos são muito ou pouco tempo? A questão que levou Sanches a abandonar a reunião
Edição por Raquel Almeida
Depois das divergências com vários deputados, o presidente da comissão parlamentar de inquérito à TAP, Jorge Seguro Sanches, abandonou a reunião desta terça-feira, que tinha na agenda a audição a Humberto Pedrosa.
A discussão centrou-se na grelha de tempo. As primeiras seis audições tiveram uma grelha “normal”, na qual os deputados tiveram nove e oito minutos para fazer perguntas, e as restantes tiveram uma grelha reduzida, com três minutos.
Paulo Moniz considerou que "as grelhas devem ser mais alargadas", Mariana Mortágua disse que três minutos não chegam para todas as perguntas, e Bruno Dias manifestou a sua “estupefação e incredibilidade”. Apenas o PS concordou com a grelha curta para a maioria das audições.
Antes de abandonar, Seguro Sanches lembrou que a ordem de trabalho das audições foi distribuída a 4 de maio e questionou "porque não houve requerimentos". Face às perguntas que têm sido colocadas, algumas até "deselegantes", disse ter de ponderar se tem "condições para continuar a presidir à comissão de inquérito à TAP".
Também ontem o antigo administrador da TAP, Diogo Lacerda Machado, afirmou que existe uma "perspetiva imbecil" sobre o negócio da manutenção no Brasil, e sublinhou que sem o investimento naquele país "provavelmente" hoje a TAP não existia. Além disso, considerou que o Estado foi o principal beneficiário da operação que envolveu fundos da Airbus na capitalização da transportadora aérea.
Ainda na temática dos fundos Airbus, o ex-acionista da TAP Humberto Pedrosa disse ontem que só “mais tarde” teve conhecimento dos mesmos, explicando que a negociação foi feita por David Neeleman, que para a capitalização da companhia “teve um empréstimo” da fabricante de aeronaves. Sublinhou também que, sem a intervenção do Estado, em 2020, a companhia aérea acabava, ainda que considerando que a intervenção poderia ter sido outra, e rejeitou a ideia de ter sido “escorraçado” da TAP.
Hoje é a vez de o administrador operacional e antigo CEO interino Ramiro Sequeira ser ouvido na comissão de inquérito, sobre a indemnização a Alexandra Reis e a gestão privada da companhia aérea, onde chegou em 2018. E foi também hoje publicada em Diário da República a resolução do Conselho de Ministros que mandata a Parpública para contratar pelo menos duas avaliações independentes necessárias à privatização da TAP.
*Pesquisa e texto pela jornalista estagiária Raquel Almeida. Edição pela jornalista Ana Maria Pimentel
*Com Lusa
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